Há vários dias, nos deparamos com manchetes nos principais jornais do mundo, sobre o ataque o ataque dos Grupos de Crackers LulzSec e Anonymous aos Governos dos EUA e diversas empresas de abrangência mundial. Porém, em 2009 já nos deparávamos com outras manchete sobre ataques de hackers Norte-Coreanos, aos sistemas de importantes órgãos na Coréia-do-Sul e Estados Unidos da América.
Alvo de constantes ataques, em 2009 a Coréia-do-Sul criou uma Policia Cibernética e agora está se preparando para uma guerra e para isso planejou e criou em 2010 o Comando Militar Cibernético. A declaração do Primeiro-Ministro Sul-Coreano deixa clara a visão correta que um governo deve ter: "Este ataque é diferente dos anteriores causados por vírus. Desta vez é um ataque à estrutura da nossa nação e uma ameaça à nossa segurança".
Os ataques ocorreram a partir de computadores Zumbis, ou seja, computadores controlados remotamente por hackers, após infecção por código malicioso enviado em massa para milhares de destinatários. Segundo a polícia cibernética coreana, mais de 8mil computadores em 16 países participaram do ataque. Com isso, torna-se quase impossível chegar aos autores do ataque. Poderiam ser eles, grupos hacker, ou até mesmo Militares de outros países inimigos.
Mas enfim, mas o que isso tem a ver com Terceira Guerra Mundial e Informática? Todos os países do mundo estão hoje, conectados à Internet, no mínimo através dos Governos e Universidades. Isto, cria um grande canal de comunicação, que pode ser usado para fins benéficos, mas ao mesmo tempo, pode ser usados para ataques cibernéticos, que trarão conseqüências reais. Imaginemos alguns ataques que seriam catastróficos: Invasão aos sistemas da Força Aérea Brasileira, comprometendo o funcionamento dos radares e controles do tráfego aéreo brasileiro; Invasão aos sistemas das operadoras de energia elétrica do País; Invasão aos sistemas hospitalares; Invasão aos sistemas que controlam os semáforos de metrópoles como Nova Iorque, Tóquio ou São Paulo.
Pela internet, é possível chegar à qualquer alvo facilmente e deliberar ataques que podem ser fatais. Dessa forma, os equipamentos bélicos, passam a dar lugar para as armas cibernéticas, que podem provocar colapsos em seus alvos. Daí, aquilo que é chamada de Guerra e antes se limitava aos países, possuidores de exércitos e armas, pode ser agora realizada por países, organizações, empresas e pessoas. Já imaginaram a Coca-Cola atacando as linhas de produção da Pepsi? O Banco Santander paralisando os sistemas do Banco Itaú? A Rede Record tirando do ar as transmissões da Rede Globo? Porquê não?
Além disso, esses ataques também podem ter como objetivo apenas a espionagem industrial, permitindo aos atacantes a obtenção de dados estratégicos de seus concorrentes, ou ainda, projetos de armas, novas tecnologias, etc.
Então, a Terceira Guerra já começou, porém de maneira diferente do que se espera. Diariamente, países, governos, pessoas e empresas se atacam de maneira cibernética e as consequências podem ser inimagináveis. Então, não seria a temida terceira guerra uma soma de pequenas guerras?
É por isso, que as grandes organizações estão investindo cada vez mais em Segurança da Informação e as médias e pequenas, estão gradativamente despertando também para esta realidade. Todos estão conectados à grande rede mundial. A internet é uma via livre, podendo trafegar tanto dados benéficos, quanto maléficos. O portão de entrada de cada um, é quem controla, por meio de regras do seu gestor, quem entra ou não em seus ambientes e é aí, que temos o trabalho das ferramentas, profissionais e empresas especialistas em Segurança da Informação.
A Qualitek é uma empresa que pode levar Segurança aos ambientes das empresas. Maiores informações podem ser obtidas com o autor desta coluna.
Rodrigo Jorge
Especialista em Segurança da Informação

(*) Artigo publicado originalmente em Agosto de 2009 e atualizado para republicação em Junho de 2011