Nesta última semana o criador da Kaspersky Lab, Eugene Kaspersky, publicou um nota no Facebook que encoraja os pais a conversarem com seus filhos sobre o compartilhamento de dados pessoais nas redes sociais. Esta nota foi divulgada após o desfecho do sequestro do seu filho, Ivan Kaspersky, 20, que foi monitorado por criminosos russos através de informações publicadas em seu perfil na VKontakte, rede social russa semelhante ao Facebook. Para que você não pense que este foi um caso isolado na longínqua Rússia, já foi matéria na Globo a prisão de sequestradores que escolhiam suas vítimas através da Internet.
imageO que chama a atenção neste caso é que nós, da TI, sempre estamos preocupados em garantir a segurança dos nosso servidores, dos nossos firewalls e da nossa rede, mas por vezes ignoramos a nossa segurança e a da nossa família. Enquanto estamos no nosso notebook criando regras de firewall, nossos filhos estão publicando sua geolocalização no Twitter. Enquanto estamos criando políticas de controle de acesso à Internet, nossos filhos estão se exibindo na Twitcam.
Com caso do Eugene, está mais do que na hora de nós abrirmos os olhos e darmos mais atenção ao que os nossos filhos andam fazendo na Web. As crianças, ao contrário de nós, não conhecem o mundo como nós conhecemos e por isso são vítimas em potencial de criminosos na Internet. Ao conversar com o seu filho comece pela máxima “Nunca fale com estranhos” e diga a ele que as pessoas na Internet nem sempre são quem dizem ser. Fale sobre o respeito, que deve ser praticado tanto na vida real quando na virtual. Por fim, encorage-o a sempre procurá-lo quando tiver dúvidas sobre o que fazer na Internet, inclusive dizendo a ele que nem tudo que é publicado é o que parece ser.
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Apesar de estarmos acostumados a ouvirmos notícias sobre crimes de sequestro e pedofilia, devemos lembrar que a Internet nos reserva outras coisas com as quais também devemos ter cuidado. Segundo uma pesquisa realizada a pedidos da ONG Plan, 10% dos jovens afirmam que sofreram bullying na escola e 17% já o sofreram na Internet. Nós, adultos, já passamos por esta fase de escola e sabemos o quanto é chato e constrangedor ser taxado como o fulaninho da turma, mas não temos a noção do que um vídeo de chacota no YouTube,visto por milhares, pode causar a uma criança. Este tipo de crime, o cyberbullying já foi inclusive matéria no Fantástico e em diversos outros jornais do país.
Por fim, a lição que quisemos deixar neste post é de que você deve sim se preocupar com a segurança dos seus computadores, mas mais do que isso, deve também se preocupar com a segurança da sua família. Convese com seu filho. Pense nisto.